Idiotices

Aquilo que penso e não tenho coragem de dizer em voz alta...

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

# 195

E de cada vez que me contavam que o fim de uma relação que tinham tido acabava quando o outro 'desaparecia' eu não conseguia perceber. A cobardia do ser humano irritava-me e procurava razões para isso, tentava justificar até quem não conhecia para acto tão mesquinho. Perguntava se estava tudo bem até ali, se tinham tido discussões, se houvera uma palavra mais amarga, algo que denuncia-se o que iria acontecer de seguida. Nada! De todas as vezes a surpresa fora a reacção ao acontecido.
Criticava quem agia assim e achava que nada poderia justificar semelhante acto... o desprezo era o meu primeiro sentimento...
Agora a frio penso que também eu sou capaz de agir assim... desaparecer, sendo esta a maneira mais fácil de enfrentar as coisas... ou fugir delas...
Mas acrescento e alivio o espírito com o pensamento de que para eu chegar a esse ponto é porque estou perante alguém que desaparece primeiro e volta quando lhe apetece, não gosto de andar à vontade dos outros, gosto que respeitem as minhas vontades também... ou então... que me esqueçam...
Senti pena dele quando acrescentou no fim da história e , com uma voz embargada... 'soube que ao fim de um mês de não saber nada dela tinha engravidado'.

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