Idiotices

Aquilo que penso e não tenho coragem de dizer em voz alta...

quarta-feira, janeiro 31, 2007

# 194

Tenho dois filhos, a Margarida a mais velha, o Tomás o mais novo. A Margarida foi a primeira a nascer, este foi o nome que eu escolhi para ela, era o nome que eu queria que ela tivesse e estava disposta a chorar baba e ranho para levar a minha avante. O Tomás veio um par de anos depois, é Tomás porque foi o nome que se escolheu... mas se o pai tivesse escolhido outro eu não me iria opor... não depois daquele filme grego que fiz na escolha do nome da primeira, ficou Tomás porque era o nome de um dos meus avós, porque é um nome forte, que adivinha personalidade. Margarida é o nome que me faz cócegas debaixo da lingua quando o pronuncio. Margarida foi um sonho que tornei realidade.

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terça-feira, janeiro 30, 2007

# 193


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# 192

Poder não é fazer-te olhar para mim, ou dar-te vontade de me teres nos braços, poder não é apertar-te nos braços ou morder-te os lábios pelo meio dos beijos sofregos. Poder não é fazer-te entrar em mim e apertar-te o tronco com as pernas. Poder não é sentir que te descontrolas quando me apertas o peito com os dedos... Poder é conseguir fazer com que chegues lá nas minhas mãos...

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segunda-feira, janeiro 29, 2007

# 191

-Doutor o meu problema é o coração...
-Vamos lá ver... hummm parece-me estar tudo bem, e o electrocardiograma não apresenta anomalia nenhuma, está com um bom batimento.
-Pois sr. doutor o problema é mesmo esse! Depois de tudo não percebo como ainda bate...

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sexta-feira, janeiro 26, 2007

# 190

Que sentido faz escrever se não for sobre coisas tristes? Nunca tive muita paciência para ler poesias, as metáforas cansam-me, prefiro as frases directas, mesmo que furem e rasguem e dilacerem. E depois...se não fossem coisas tristes e dramáticas teriam de ser coisas com sentido de humor... e esse... o meu... é demasiado negro para que o partilhe... quanto aos momentos bons, quando os tenho, tenho lá tempo para partilhar. Deixem-me entregar inteira sem preocupações em que saibam daquilo que me faz rir e sorrir e brilhar por dentro...

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quarta-feira, janeiro 24, 2007

# 189

Idiota é...
...acordar de manhã com um desejo de virar as tripas, não se lembrar do sonho que a fez acordar assim, mas mesmo contra o relógio acariciar-se imaginando que as mãos que a tocam naquele instante não são as suas...

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segunda-feira, janeiro 22, 2007

# 188

-Então estás boa? Queres ir ao café hoje?
-Não sei se posso... o x vai jantar a casa da namorada, mas se se despachar cedo ainda passa por aqui...
-Olha lá ainda andas nisso? Deixa o gajo a miar sózinho... se tem a namorada porque te quer a ti?
-Eu acho-lhe piada...
-E achas piada o facto de ele ter namorada? Que nojo... ainda aí chega com o cheiro dela...
- Olha lá para falares assim escusas de ligar!
-Falo assim porque gosto de ti e me preocupo contigo.
-Agradeço então. Mas da minha vida sei eu...
(Grande coisa que deves saber...)

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domingo, janeiro 21, 2007

# 187

Levanta-te! Estou farta de ti cá em casa. Já é tarde e continuas aí, com os estores corridos, o quarto ainda às escuras e com aquele cheiro adocicado que se ganha depois de uma noite de sono. Poderia já ter a cama feita, o quarto arejado. Detesto sentir-me tolhida dos meus hábitos. Tal como detesto que te levantes tarde porque estiveste até às tantas a ver televisão. Ou como detesto as migalhas que deixas na cama por ires a comer bolachas quando te deitas e às escura. Pergunto-me sempre porque lavarás então os dentes antes disso.
Se estivesse sozinha já teria tudo aspirado e já teria passado a esfregona na casa toda. Teria posto a música alta e andaria quem sabe a cantar uma qualquer música que me agradasse. Já teria tomado um banho de imersão, feito uma torrada e posto uma máquina de roupa a lavar. Já teria descido para um café ou estaria sentada em frente ao pc a ler qualquer coisa, a mandar uma mensagem, à procura de uma outra para mim. Estou farta de ti cá em casa. Ou então aprendi a ficar sozinha... e gosto... fazer o que quero, circular por toda a casa sem medo de te acordar, sem medo que me critiques ou que descubras que não gostas das mesmas coisas que eu. Por isso levanta-te, já devias ter percebido que não gosto de te ter muito tempo seguido por aqui. Invades o meu espaço e achas que gosto. Queres fazer as coisas à tua maneira e acabas por me contrariar a mim. Já me habituei a estar sozinha, preciso de do meu tempo, preciso do meu silêncio. Não quero entrar no quarto e sentir o teu cheiro, não quero ter de apanhar do chão as meias que deixas por ali espalhadas, ou dobrar as calças que estão quase a cair da cadeira. Levanta-te! Já devias ter percebido que gosto de dormir sozinha, que detesto quando passas os braços por cima do meu corpo e com isso me sinto acorrentada, presa nos meus movimentos.
Levanta-te e vai embora, já devias saber que apenas te gosto de ter aqui enquanto o desejo não está satisfeito. Desejo desejar-te e acordar o teu desejo, desejo que me desejes e que me tomes ou então que me deixes tomar-te a ti. E só nesse momento em que fundimos os corpos consigo esquecer como não gosto nada de te ter por aqui...

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sábado, janeiro 20, 2007

# 186

Para tudo o que faço na vida preciso de uma música de fundo, nem que apenas a imagine... acabo por catalogar todas as memórias agarradas a sons.
Hoje é sábado, dia de limpezas cá em casa... por aqui se ouviu James Morrison e agora Ed Hardcourt... escusado será dizer que apesar do dia já passar do meio... ainda não levantei uma palha... não me digas que vou ter de vasculhar tudo à procura do cd da Britney Spears, Ops I did it again... para ver se consigo meter isto tudo em ordem... shake...shake...

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sexta-feira, janeiro 19, 2007

# 185

És parvo ou fazes-te? Que estupidez é agora essa a de queimares os últimos cartuchos? Mas que cartuchos? O que queres dizer com isso? Se tens uma mulher de quem gostas, se é com ela que queres ficar, porquê então 'comeres' outras? Que ganhas com isso? Faz de ti mais homem? Mais macho? Queres exibir-te a quem? Aos outros homens? Às mulheres? Olha que são poucas as que acham piada a esse tipo de coisas...
Respeita para que possas ser respeitado também... mulher que é mulher, mulher que tem personalidade... não aceita nem perdoa alguém que não tem qualquer honestidade dentro dele... de bandidos está o mundo cheio... perderam o charme faz muito... muito tempo...

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quinta-feira, janeiro 18, 2007

# 184


-Quando queres levar um destes?
-Sabes dar?
-Sei!
-E onde colocas as mãos enquanto o dás?
-Não sei. E isso é importante?
-Muito...
Imagem do Google

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# 183

-Queres-me?
-Sim!
-Então vais ter-me...

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quarta-feira, janeiro 17, 2007

# 182

Os lugares são aqueles, já os vimos uma vez ou outra, já passamos perto, já ficamos, chegamos sem nos aperceber, os caminhos que nos levam lá podem ser tantos... a direito, aos zig zag's, fáceis ou turtuosos... podem mostrar tudo ou esconder a maior das armadilhas... podemos chegar num ápice ou demorar tanto tempo a chegar que quando nos damos conta de onde estamos custa a perceber como fomos ali parar. Fomos sózinhos? Alguém nos empurrou? Poderiamos ser puxados, arrastados, aliciados, hipnotizados... tudo vale para justificar o fim... mas o que podem interessar no fim as razões? O lugar é aquele... demoramos o tempo que foi preciso para ali chegar... ali estamos... mesmo sabendo que não é ali que queremos estar...

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quinta-feira, janeiro 11, 2007

# 181

Ela sabia que não lhe queria nada, no entanto deixava-se arrastar pelas palavras dele, provocava-o... mas adiava o momento em que o poderia conhecer... as desculpas sucediam-se... ora por isto, ora por aquilo... desculpas nada mais que esfarrapadas que na certa ele entendia. Mas voltava a insistir, não tinha nada a perder, e além disso queria ganhar quem sabe um bom par de horas de sexo fugaz. Ela perguntou-lhe se era casado, ele respondera prontamente que não, mas que tinha uma namorada. Ela falou-lhe no ditado 'mais vale uma na mão do que duas a voar', ele mandou um smile em resposta, chamou-lhe querida e disse que confiava nela... ela não mandou sorriso nenhum... respondeu que logo se veria... e marcou então um encontro para o final desse dia. Ele aceitou... ela tirou a aliança do dedo e escondeu-a na mala...

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segunda-feira, janeiro 08, 2007

# 180

Foi preciso ver-te para me lembrar de ti e perceber que estavas mais que ultrapassado na minha vida. Na verdade essa ideia existia desde a madrugada em que me levantei da cama e te deixei ficar junto à minha almofada ainda manchada das lágrimas que deixei cair durante aquela noite. Dramática? Até pode ser, mas não posso fugir ao que aconteceu, não posso fingir que não ouvi as frases que preferia mil vezes não saber, a verdade por vezes pode ser tão mortal. Como foi o nosso caso, a verdade matou-nos a ambos... não individualmente, mas o casal que fazíamos. Por isso hoje afirmo, estás ultrapassado, és um assunto finito desde aquela altura.
Curioso... o teu sorriso, vi-te pelo canto do olho, tive a certeza naquele instante de que me irias abordar, o passo certeiro, a minha direcção... deixei de te olhar por instantes para ouvir o que me sussurraram ao ouvido. No instante seguinte tinhas desaparecido, percebeste que estava acompanhada? Ou vislumbraste a barriga de sete meses que exibo com orgulho? Talvez ambas as coisas te tenham feito desistir...
Saí a sorrir, talvez me observasses de longe, não sei... não te procurei no meio de ninguém, não te imaginei num canto qualquer a ver que afinal eu te tinha ultrapassado sem problemas nenhuns... afinal mesmo sem ti consigo dar continuidade à minha vida...

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quinta-feira, janeiro 04, 2007

# 179

Porque é que será que é quando metemos o último quadrado de um chocolate à boca que chegamos à conclusão que agora é que nos estava a saber bem?

quarta-feira, janeiro 03, 2007

# 178

Foi bom descobrir que apenas pensei em ti quando já eram seis da manhã do dia um de janeiro deste ano... passei a meia noite sem te lembrar, não me parece mau de todo, pode bem ser o indício de que te começo a esquecer. Mas depois, depois enquanto tomava banho, enquanto saía para um sol radioso, enquanto conduzia e conversava , tinha-te debaixo da pele, numa espécie de formigueiro, com a curiosidade de saber onde andavas, com quem andavas, se te lembraste de mim ou se já me esqueceste de vez...
Veio o lusco fusco em frente a um mar bravo, vieram as nuvens pintadas de rosa choque, um sol gordo em laranja fluorescente, veio a vontade de uma fotografia, a lembrança das piadas do gato fedorento que insistiamos em repetir vezes sem conta... vieste-me tu ao pensamento e não mais saíste. E contigo o medo de um dia te encontrar ao lado de alguém que não conheço. Alguém que tenha conseguido aquilo que eu nunca consegui... que sentisses amor, paixão, vontade de ficar para sempre... e apesar de toda a paisagem perfeita, apesar da temperatura agradável deste fim de dia, apesar do sorriso, estava triste por dentro... no meu avesso...