Idiotices

Aquilo que penso e não tenho coragem de dizer em voz alta...

segunda-feira, julho 31, 2006

# 75

Gostava de saber como se faz... gostava de saber mais ainda... se é possivel fazer algo assim. Como se começa tudo de novo? Como se deixa para trás sem remorsos todas as coisas que sabemos que já não valem a pena trazermos coladas a nós? Começo a ficar cansada de me ouvir... rodo rodo e paro sempre no mesmo sitio. Quando penso que vou ter o sinal que espero para tomar novas direcções...lá vem algo que me deita por terra. Odeio quando as coisas não acontecem como eu tinha planeado ou estava à espera... detesto que me troquem as voltas e que façam com que depois não saiba o que fazer a seguir.
Na realidade o que não quero é ser eu a tomar uma decisão, ou pelo menos que o caminho me seja indicado de maneira a que mais tarde não fique com a sensação que poderia ter sido de outra maneira, ou até mesmo que posso ter errado ao fazer determinada escolha. O mais fácil de tudo é mesmo quando nos ajudam a tomar as direcções e é isso que não estou a conseguir. Porque continuo a ficar quando sinto que já não faço nada por estes lados? Porque não me facilitam a vida e me mandam ir embora?

sábado, julho 29, 2006

# 74

Não estou dentro dos preços que se praticam... mas escusavas de ter deixado a merda do dinheiro...o prazer que te proporcionei não custa apenas 15€...

sexta-feira, julho 28, 2006

# 73

Primeiro cutucas, muitas e muitas vezes até te darem atenção...depois esburacas, esmiúças, levantas as pontas que estavam presas faz tempo...as perguntas nunca sairam de ti, mas foram feitas deste lado pelas coisas que me fazes questionar... de repente existem mil palavras que tinha esquecidas no meu vocabulário a dançarem nos meus olhos... seria melhor se fizesse assim... estaria melhor se fizesse assado... era só isso não era? Só pelo prazer de virar do avesso e correr o risco de provocar o caos...
Enganas-te... o meu avesso já está queimado pelo sol de tanto tempo que passa à vista de quem o quer ver. O meu receio é nunca conseguir viver a direito... achar que não vale a pena seguir padrões e costumes, passar a ver a linha torta no caminho mais a direito... ouvir quem nada diz e ignorar as falas de quem sabe o que me faz falta... deixa...não vale a pena... terei de aprender com os meus próprios erros... também sou boa nos conselhos que dou...muito boa... prática e realista. Mas nos conselhos que me dou a mim mesma...sou um desastre... engano-me a mim com uma facilidade nunca vista... passo a vida a dar novas hipóteses a coisas que estão condenadas mesmo antes de começarem... escorraço sem noção do que estou a fazer as coisas que poderiam ter uma história para contar no fim. Deixo aproximar e mantenho acesas as proximidades com tudo o que de negro me faz a alma... quase como masoquismo deixo que me roubem sacos de sorrisos... um dia terão um fim... mas não o meu!

quinta-feira, julho 27, 2006

#72

-Ahhh Tieta, Tieta.... sua cabrona!

# 71

No fundo, no fundo os que escolhemos andar por aqui... mesmo a afirmar que escrevemos para nós... temos sempre uma qualquer esperança que alguém nos oiça... e quem sabe muitas das vezes ter algum tipo de resposta...ou eco...

terça-feira, julho 25, 2006

# 70

-Eu sabia que por chantagem emocional conseguia fazer valer a minha...
-Mas não é bonito fazeres isso!
-Eu sei...nunca o fiz fora da minha familia... eles aprenderam a fazer o mesmo, sabem que eu também quebro... não deixa de ser inocente, fazemos com o consentimento uns dos outros...e ainda nos rimos da nossa fraqueza.
-Eu já tinha percebido que era assim...
-Assim como? Alguma vez fiz chantagem emocional contigo?
-Não...
-Bem me parecia...descansa...nunca o farei... nunca tive vontade de o fazer...
-Mas tens a mania que te podes pôr a adivinhar...
-Isso admito que tenho...quem sabe um dia o consiga...
-Quem sabe...
-O ideal seria nem o precisar de o fazer... antes de acontecer, se tu me contares poupas-me o trabalho!
Tive raiva...raiva de ti por deixares no ar a dúvida de que algo podia acontecer... gostaria de saber o que te passa na cabeça nestas alturas... estás porque queres... percebes isso? Nunca foste obrigado a nada... nem é o que eu sinto ou o que deixo de sentir que fará qualquer tipo de diferença...

sexta-feira, julho 21, 2006

# 69

-Amo-te! E agora o me me dizes a isto?
-Não digo nada...já falamos sobre isso, sabes bem o que penso...
-Sabes o que me chateia? Mesmo, mesmo a sério... é o ar culpado que se te estampa no rosto... mesmo a amar-te nessas alturas consigo misturar-lhe uns pózinhos de ódio...

quinta-feira, julho 20, 2006

# 68

Está esverdeada... a minha nódoa negra...assim um verde a passar quase a amarelo... o que me faz pensar muitas das coisas da vida são assim, pequenas nódoas negras.
As desilusões quando acontecem, no momento imediato, doem-nos, todos conseguem ver o que provoca essa dor, o negro na pele que não suporta ser tocado por ninguém. Depois o tempo passa, a dor diminui e o negro vai alterando a cor, até se tornar primeiro esverdeado e depois amarelado desaparecendo pouco tempo depois sem deixar qualquer tipo de marca. Apenas quem tem boa memória sabe o sitio exacto onde essa nódoa negra existiu...

quarta-feira, julho 19, 2006

# 67

Por vezes envergonha-me esta minha mania de esquisitices em relação à comida, não gosto disto, não gosto daquilo, não quero sequer experimentar aquele outro... depois como se não fosse já um problema ainda tenho alergias a certas coisas...
Um jantar romântico...quer dizer...talvez romântico não fosse a palavra adequada...mas era um jantar pelo menos preliminar de uma boa sessão mais ...intima... ambos sabíamos ao que íamos... era como um acordo... duas pessoas adultas, desimpedidas...
Depois de várias hipóteses recusadas...'não gosto'...'não sou apreciadora'...'não pode ser outra coisa?'...fiquei sem coragem de acrescentar...'sou alérgica a isso...', calei-me e antes de chegar tomei um atarax...óbvio que ainda não eram onze da noite e eu quase não conseguia manter os olhos abertos tal era o sono... senti que de alguma maneira estava a arruinar a nossa noite... mas afinal nem foi bem assim... ele conseguiu despertar-me de uma maneira hábil...

terça-feira, julho 18, 2006

# 66

Ciúme:
de cio
s. m.,
zelos amorosos;
emulação;
inveja;
Porque temos ciúmes de pessoas que nem conhecemos? Porque temos ciúmes de pessoas que não nos pertençem, nunca nos pertenceram e nunca vão fazer parte da nossa vida? Porque temos ciúmes dos amores dos outros? Porque temos ciúmes da felicidade e olhamos cheios de inveja sem conseguir disfarçar a maioria das vezes? Porque temos ciúmes de quem olha por olhar, porque temos ciúmes da pessoa que está ao nosso lado se a vemos olhar para outro alguém? O ciúme é doentio? Como pode alguém ser mau para uma pessoa que nem conhece só por ciúmes das palavras... dando voltas pelo mundo da blogosfera deparo-me inumeras vezes com comentários maldosos, merdosos, de quem não se sente bem com a vida e passa o seu tempo a escrever coisas que nem têm sentido...porque para se falar de alguém, quer seja bem ou mal...tem de se conhecer essa pessoa...

segunda-feira, julho 17, 2006

# 65

E se em vez de me repetir n e n vezes como se fosse um vinil riscado, não tomo uma atitude? Não passo de uma cobardolas camuflada de palavras duras, digo que faço isto e aquilo e no fim não faço nada, deixo-me andar ao sabor dos outros...porque do que eu quero ninguém quer saber... está na hora não? Ou não passa de mais uma repetição nesse disco que não toca nada de novo?

sexta-feira, julho 14, 2006

# 64

quarta-feira, julho 12, 2006

# 63

Apetecia-me dar-me de presente, aparecer-te em casa e empurrar-te contra a parede da entrada, despir-me enquanto te olhava nos olhos e despir-te a ti mesmo que tivesses os teus fechados. Tinha vontade de ser preenchida por ti, quando o fazes consigo esquecer tudo o resto...a realidade... e foi um dia em que a realidade não me fazia falta, preferia mil vezes ter estado na quinta dimensão...

segunda-feira, julho 10, 2006

# 62


Acredita no destino?
- Mostra-me a tua mão... espera... és dextro ou esquerdino?
- Dá -me a mão direita então...
-Espera... já te digo... deixa-me confirmar aqui uma coisa...
-Ok está visto! Nunca poderias ser tu... o teu número de filhos não corresponde ao mesmo que o meu...


sexta-feira, julho 07, 2006

#61

# 60

Convencida? Ou quase isso? Senti como uma espécie de chantagem, a voz dela ao telefone... preferia que não o tivesses feito, é como se me tivesses adivinhado as intenções. Será que notaste alguma coisa na minha voz? Afinal estavas a ouvir toda a conversa. Gosto dela, gosto tanto dela que nem sei explicar, talvez porque seja tua, talvez porque seja uma coisa que não tenho. E custa-me pensar que virá o dia em que terei de a deixar no passado, nas memórias... não me preocupo em grande coisa com o que ela possa pensar...os miúdos ultrapassam bem melhor que nós estas tretas das emoções, depressa se esquecerá e quando vierem outras ela voltará a ser a mesma miúda que foi para mim, tenho de admitir que este pensamento me faz doer aqui dentro. Mas tenho de me lembrar que ela gostava da tua namorada, a tua namorada antes de me conhecer, a tua namorada depois de teres estado comigo algumas vezes... a tua namorada, o teu amor, a tua paixão...
Dez anos... nunca poderia esperar tanto tempo... e tu sabes como sou impaciente, aceitei porque achei que te podias ter enganado nas contas, porque achei que os estavas a dizer da boca para fora...dez anos para te voltares a apaixonar é demasiado tempo, não posso esperar tanto... parto eu... agora...
Eu tentei, mas não consegui, achei que podia aguentar assim, mas afinal enganei-me... uma coisa é estar e dar a mesma coisa que se recebe...outra muito diferente, é amar e nada receber em troca...cansei-me de esperar... ou melhor... percebi que não faz grande sentido continuar assim...porque cá dentro já percebi que nunca vou receber nada daquilo que estou à espera.
Agora sim... estou minimamente preparada para dizer a maldita palavra Adeus...

quinta-feira, julho 06, 2006

# 59

Birras, bater o pé, implicar... depois da pergunta a chamada...
-Então? Andaste ao sol? Estou a ver que apanhaste sol na cabeça!
Pergunto se te sentes pressionado, dizes que sim, perguntas porque o faço de tempos a tempos, sou obrigada a responder-te que fiz uma avaliação dos últimos acontecimentos, não é mentira, mas escondo a conversa que tive com a minha amiga... desculpas, as mesmas de sempre acho que percebes que não estoua cobrar nada, pelo menos é o que eu gostaria, eu nunca peço nada, aproveito estas conversas para te dar a chance de escapares...seria tudo demasiado fácil... mas as tuas conversas pareçem ecos daquilo que imaginei que me dirias, não estás totalmente fora da razão, eu sei o que se passa na tua vida, quer dizer... sei uma parte do que se passa na tua vida, e é sobre o que sei que tu relatas os problemas, desculpas-te... a conversa começa sempre com desculpas, mostras o teu lado revoltado com o que te aconteçe, és uma vitima entre aqueles que querem dar cabo do teu sossego, a vida não é fácil para ninguém...sabias isso? Conversa palha...é como eu a vejo, esticas os assuntos a adiar o confronto, não te percebo, juro que não te percebo. Porquê arrastar uma coisa assim? Nada se resolve, nada muda, poderias pôr-te a milhas, poderias deixar de te ralar comigo, ou melhor, com as desculpas que tens de arranjar... eu não cobro, mas confronto.
-Realmente tens razão, tu cheio de problemas a darem-te cabo da cabeça e eu a ser mais uma chatice para ti, se calhar... olha, eu não quero ser um peso para ti...
A frase mágica, a porta aberta...porque não sais? Não! Não! Não! Não sou nada um problema, mas tenho de compreender a má fase que se está a passar na tua vida...de rajada as perguntas saem...só quero um sim ou não como resposta.
-Tu amas-me?
-Não...
-Tu estás apaixonado por mim?
-Não... mas tu sabes que gosto de ti...
Estúpida! O que precisas de ouvir mais? O tempo que já passou não foi o suficiente para isso mudar? Deixa-te de tretas e não arranjes desculpas esfarrapadas que só na tua cabeça fazem sentido. Não é por gostar de ti que está contigo, é porque está sem ninguém e tu de alguma maneira lhe dás estabilidade... por isso minha parva, vê se acordas e dás um melhor rumo à tua vida... assim é um erro continuar.

quarta-feira, julho 05, 2006

# 58

Corres o risco de me perder!
Não! Não estou a ser presunçosa ou convencida, estou a ser realista... porque não te perco eu a ti? Porque nunca se perde uma coisa que nunca se teve, antes de te perder teria de te ganhar, e isso, nunca o consegui... agora tu meu parvalhão, tiveste-me sempre mesmo que não o tivesses visto, por isso, tu é que corres o risco de me perder!

terça-feira, julho 04, 2006

# 57

Nós mulheres somos um bicho maldito não achas? Parece que estamos em constante competição umas com as outras, quer pela aparência, pelos empregos, pelos amigos, pelos homens. Começo a ficar cansada de olhares avaliadores, começo a ficar cansada de invejas mal disfarçadas, começo a ficar cansada de comentários menos inteligentes que deixam ver o que vai dentro da cabeça delas. Fico triste, desiludida, revoltada... eu, que nunca senti inveja das minhas amigas, eu que estive sempre ali, fiquei contente em todas as suas vitórias , eu que ajudei em tudo o que pude...
Mas sou mulher e como tal tenho de admitir que te odiei a partir do momento que soube que existias, porquê tu? Quem eras tu afinal? Porque tinhas sido tu a ganhar os afectos que ansiei para mim? Depois acabei por te dar imagem...não sei porque o fez... e agora penso que não foi uma atitude correcta que tenha tido, ainda guardo a tua foto, lembro-me que fiquei um tempo imenso a olhar para ela...estavas ali à minha frente e achei-te feia...como seria possivel ter sido trocada por alguém tão banal? Deveria sentir-me bem com a tua aparencia? Porquê? Se eras tu o desejo dele... a vontade dele...
O que poderia modificar o que aconteceu? Eras tu o objectivo de prazer dele, foi por ti que chorou...mesmo na altura em que decidi partir, era por ti que ele chorava enquanto me pedia para ficar...não era a mim que ele queria... o medo era o de ficar sózinho!
Burra! Ainda o sou...por ter ficado naquela altura...por continuar a ficar dia após dia. E continuo com a certeza de que nós mulheres somos estranhas umas com as outras...a inveja cheira-se a milhas... os comentários acabam por entregar todos os pensamentos menos simpáticos... e do meu lado admito... o ciúme e o medo invadem-me os sentidos... ser menos boa que qualquer uma outra... não vali de nada numa outra altura...continuo talvez a a não valer agora...