Idiotices

Aquilo que penso e não tenho coragem de dizer em voz alta...

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

# 208

Dizia um amigo meu que nunca se soube de alguém que tivesse escolhido casar com um cigano e que tivesse melhorado o cigano, o que acabava por acontecer era ficarem iguais aos ciganos...

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

# 207

E de repente por achar que uma das minhas brilhantes ideias de escrita era uma estupidez... e das grandes. Apresso-me a apagar tamanho disparate. Esperando que não seja gato escondido com rabo de fora. Depois passo a pensar em que na certa já pensei em coisas bem piores, Acho que todos pensamos coisas bem idiotas, momentos em que nos passam pela cabeça coisas que não queremos na realidade. Mas que naquela altura parece ser a melhor das ideias só para lixar os outros, o mais aproximado de uma lição, um arrependimento que não podem mudar. Já pensei em tanta coisa mais que idiota... estúpida mesmo... e de repente penso que já imaginei a minha morte em determinada altura só para eles verem que estavam a fazer porcaria, para se sentirem mal, para se arrependerem, para os levar à loucura... pensei na minha morte como uma espécie de vingança. Que estúpida! Eu sei que vou viver até velhinha...

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quarta-feira, fevereiro 21, 2007

# 206

Desculpa, mas amo-te. Não é um sincero pedido de desculpas, porque não me consigo culpar por o fazer. Esforço-me é por deixar de o ser... apaixonada...
É o que não quero sentir que me tira alguma horas de sono e me deixa alucinada... querer e não conseguir.
Já não o faço de animo leve, começas a ser uma espécie de fobia, tudo o que me faça lembrar de ti faz-me uma confusão tremenda.
Mas claro que vou curar isto, mesmo sem comprimidos ou copos cheios, essas seriam as mais cobardes das decisões.
Vou esgotar-te...

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domingo, fevereiro 18, 2007

# 205

É Domingo... não deveria eu detestar Domingos? Talvez devesse, mas hoje não sinto grande coisa por este dia, deixo-o passar sem lhe ligar. Fui acordada cedo demais, por alguém que já está acordado faz tempo, ter crianças faz-nos destas coisas, lixa-nos o sono, a preguiça. Não fiquei chateada, até gostei de ouvir a sua voz, fiquei em paz, depois não consegui voltar a adormecer, deixei-me ficar enroscada às escuras a olhar para o despertador que mostrava as horas... lentamente... até que o meio dia chegou, mais rápido que na vida real, é o hábito de adiantar as coisas, no meu caso só os relógios, tudo o resto anda atrasado... é como se fosse para compensar...
Pequeno almoço, sofá, tv, fazer a cama, lavar a loiça, sofá, tv, pc, queimo um cd, ainda não sei trabalhar com a treta deste gravador, lavo um tapete dentro da banheira, mudo as camisolas de estendal, encho a máquina de roupa escura... apetece-me sair, apetece-me ficar. Apetecem-me sentimentos, tentar perceber o que se sente por aí. Apetece-me sentir qualquer coisa cá dentro... apeteco-me viva, a mexer. Deveria detestar Domingos, sei lá, deixar-me ficar deitada sem abrir os olhos, arrastar-me para o sofá e fazer zapping todo o dia. Pinguei o pijama de leite, não tenho mais roupa branca para poder fazer uma máquina, tenho uma borbulha no queixo que me incomoda. Queria sentir algo... preciso de sentir algo... sentimentos. A seguir a isto entro na banheira, visto depois uma roupa desportiva, calço os ténis, vou sair... tentar captar qualquer coisa, quem sabe sentimentos dos outros. Afinal... nem todos deveremos detestar os Domingos...

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sexta-feira, fevereiro 16, 2007

# 204

-Não podemos continuar a fazer amor todos os dias. Vamo-nos fartar um do outro rápido.
Ainda estávamos deitados quando o disseste...
-Por mim tudo bem.
-Espaçamos para de três em três dias, ou mesmo de dois em dois.
-Está bem, concordo.
-Muito bem!
Tinhas um ar vitorioso na cara...
No dia seguinte fomos levar o saco cama à casa acabada de comprar... ainda estava vazia, ainda precisava de obras.
-Anda cá... - chamaste-me com voz rouca.
-Mas não íamos espaçar?
-Sim... mas começamos amanhã... hoje tenho vontade de ti...
Durante o resto do tempo que namoramos, esse amanhã nunca chegou, acabamos por fazer amor todos os dias em que estivemos juntos... nunca cheguei a saber se te cansarias... cansei-me eu primeiro...

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quinta-feira, fevereiro 15, 2007

# 203

Foste embora sem dizer que ias, desapareste quando TU quiseste... como querias que me tivesse despedido? Fui apanhada de surpresa... não acredito que tivesses pensado que ficaria à espera... é que parti logo de seguida, e não tenciono voltar...
... volto a lembrar que foste tu a partir primeiro...

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quarta-feira, fevereiro 14, 2007

# 202

- E porque não ligas tu?
- Porque não sei pedir amiga, já não sei como se faz, tenho medo de sair magoada, tenho medo que as coisas não sejam como eu quero, prefiro esperar...
- E se do outro lado pensarem o mesmo? E se estiverem à espera como tu?
- Não sei... peço que não seja assim... eu sei que não vou fazer mais nada para me tentar aproximar... e se não tiver de ser... simplesmente não é...
- És parva...
- Talvez...

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terça-feira, fevereiro 13, 2007

# 201

Por diversas vezes imaginei-me a dizer um dia a alguém 'faz-me um filho', quando aquilo que me poderia surpreender seria alguém dizer-me a mim 'quero fazer-te um filho'.

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sexta-feira, fevereiro 09, 2007

# 200

vazio
do Lat. vacivu
adj.,
que não contém nada ou só contém ar;
esvaziado;
despejado;
desocupado;
despovoado;
desprovido;
destituído;
fig.,
fútil;
frívolo;
vão;
falto de inteligência;
s. m.,
vácuo;
pop.,
hipocôndrio;

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terça-feira, fevereiro 06, 2007

# 198

Ontem cheguei tarde a casa, uma das primeiras coisas que faço independentemente se por ali fico ou não é ligar a tv, foi o que fiz, e depois fui abrir a água do duche e preparar-me para me aquecer naquela água quentinha, depois foram os cremes, a preparação que antecede um deitar para um adormecer tranquilo... passei pela sala para ver o que por ali dava... estava a passar a novela Jura, fiquei parada por instantes para perceber o que se passava ali... apanhei um diálogo de um casal que pelo que percebi tinham-sido-namorados-mas-agora-já-não-eram-porque-ele-ainda-gosta-da-ex-mulher-mas-ela-podia-ainda-estar-grávida-e-gostava-dele-mas-descobriu-que-ele-ainda-gostava-da-outra-que-o-deixou, enfim uma história que podia ser a nossa. Mas o que me chateou mesmo, o que me deixou irritada foi ele representar na perfeição o pedido de desculpas por não gostar dela, de lhe desejar felicidades, dizer que gosta dela mas não 'daquela maneira'. Foda-se! Será que ninguém percebe que quando isso acontece, os pedidos de desculpa ainda pioram mais as coisas? É bazar e acabou! Haja orgulho minha gente...

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segunda-feira, fevereiro 05, 2007

# 197

Imagens do Google


Bolide avariado


que

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# 196

Frustante é como me sinto depois de ter passado quase quatro horas num cabeleireiro. E depois da exorbitância deixada lá a pagar o shampo, o creme suavizante, o corte e o brushing venho para casa e aqui me mantenho pelo frio que faz lá fora, pela companhia frágil e pela dor de costas que me obriga a não poder andar por aí ao relento... Dormi a sexta... amassei o cabelo e olhei-me ao espelho ao final do dia concluindo que ninguém me viu boneca...

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sexta-feira, fevereiro 02, 2007

# 195

E de cada vez que me contavam que o fim de uma relação que tinham tido acabava quando o outro 'desaparecia' eu não conseguia perceber. A cobardia do ser humano irritava-me e procurava razões para isso, tentava justificar até quem não conhecia para acto tão mesquinho. Perguntava se estava tudo bem até ali, se tinham tido discussões, se houvera uma palavra mais amarga, algo que denuncia-se o que iria acontecer de seguida. Nada! De todas as vezes a surpresa fora a reacção ao acontecido.
Criticava quem agia assim e achava que nada poderia justificar semelhante acto... o desprezo era o meu primeiro sentimento...
Agora a frio penso que também eu sou capaz de agir assim... desaparecer, sendo esta a maneira mais fácil de enfrentar as coisas... ou fugir delas...
Mas acrescento e alivio o espírito com o pensamento de que para eu chegar a esse ponto é porque estou perante alguém que desaparece primeiro e volta quando lhe apetece, não gosto de andar à vontade dos outros, gosto que respeitem as minhas vontades também... ou então... que me esqueçam...
Senti pena dele quando acrescentou no fim da história e , com uma voz embargada... 'soube que ao fim de um mês de não saber nada dela tinha engravidado'.

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