Idiotices

Aquilo que penso e não tenho coragem de dizer em voz alta...

terça-feira, outubro 31, 2006

# 139

Deixa-me dizer só mais uma vez que te amo e depois sentir raiva de mim por o continuar a sentir. Como se desliga isto? O que mata e enterra o gostar de alguém? Quero desistir! Quero esfaquear, esquartejar, deixar o que sinto em bocadinhos tão pequenos que se tornem invisiveis a olho nú. Assim posso esquecer-me, não posso? Quero deixar bater o meu coração e parar de ter estes ataques de panico quando te sinto por perto e me esqueço de respirar.
Quero ser apenas eu outra vez, colocar-me à frente de qualquer outra coisa e sentir-me desprendida do mundo. Quero rir quando olhar para trás e não ter pena de nada nem sentir saudades ou vontades estúpidas.
Não quero odiar-te, quero apenas sentir indiferença quando oiço o teu nome ou quando alguém fala de ti. Quero sentir alivio por já não valeres nada na minha vida.
Existe algum tratamento para isto? Um chá, ampolas, ou mézinhas... estou farta de ti e de todas as recordações que deixaste na minha vida... continuo a achar que foi um enorme erro ter-te deixado entrares de novo na minha vida... por enquanto... continuo a desejar que um dia deixo de sentir assim...

segunda-feira, outubro 30, 2006

# 138

Hoje de manhã, depois de abrir a gaveta da roupa interior, descobri uma lingerie que comprei para usar quando estivesse contigo, coisa que nunca cheguei a fazer... até me esqueci que a tinha, demasiadas eram as rendas... hoje de sorriso provocante nos lábios uso a lingerie, apenas para mim... talvez por isso este prazer enorme... valho mais que tu... muito mais...

# 137

Seria bom aprender de novo a amar... começar de novo... entregar-me inteira e sem medos. Porque se tem de cair tanto antes de aprender a andar? Porque se tem de amassar tanto o coração antes de o deixar bater livremente? Porque tenho sempre que gostar das pessoas erradas? Ou serei eu a pessoa errada, elas a certa? Quando foi que me deixei levar por este vento? Porquê o medo? Porquê a vontade de fugir? Desistir antes de começar...

domingo, outubro 29, 2006

# 136

Esquecer que existe um fora de casa e manter-me dentro de casa um dia inteiro. O sol hoje também estava com vergonha, e eu não estava virada para provocações com ele... deixei-me ficar, arrumei, limpei, sujei e não fiz nada. Existem dias assim, em que é bom ficar apenas comigo, fazer e desfazer, chegar ao fim do dia e sentir que nada está por fazer, sentir que está tudo exactamente onde devia estar... perfeito...
Agora antes de ir dormir, apesar de o relógio ainda marcar uma hora pouco provável de isso acontecer, oiço ao fundo a água a correr para encher a banheira, hoje encho-me de mimos... sinto o cheiro das velas que ardem por aqui e por ali... gasto água e poupo na energia... rio...
É... gosto destes dias em que apenas tenho tempo para mim... e onde me consigo esquecer dos outros...

sexta-feira, outubro 27, 2006

# 135

Tenho saudades de mim... tantas, mas tantas...
... quando será que me voltarei a ver?

# 134

Sabes do que eu tinha vontade? Não... não te digo...
Depois só o farias porque eu tinha dito que tinha vontade e então eu não o saborearia na perfeição porque saberia que talvez só o tivesses feito pela minha vontade exposta. O melhor mesmo é seres tu a adivinhar que tenho vontade de alguma coisa. Ou então teres tu a mesma vontade que eu... isso é que era giro. Podes ter outras vontades, desde que sejam surpresas para mim, tenho a certeza que vou gostar, além disso, eu adoro surpresas.
O que eu gostava mesmo era de ter alguma coisa de novo, começar de novo qualquer coisa que fizesse sentido. Porque o que tenho tido até agora acaba por não ser nada. Também sentes isso? Que não tens nada?
Vamos dar um passeio, vamos apanhar sol por aí, vamos dividir a leitura de um jornal. Deixa que te tire fotos de perfil, não feches assim os olhos com a desculpa da luz, sabes bem que gosto do teu olhar. Vamos dar as mãos num passeio, sabes à quanto tempo eu não entrelaço os dedos nas mãos de alguém? Ou encosto a cabeça ao seu ombro? Sabes à quanto tempo ando à tua procura? Anda... gostava de passear contigo...

quinta-feira, outubro 26, 2006

# 133

Não sejas ridículo, estás a sê-lo quando me acusas de ser desconfiada, mais ainda quando dizes que assim não consigo sentir-me feliz... por passar a vida a desconfiar das pessoas. Quem sou eu? Tu sabes? Sabes tanto de mim como eu de ti... ou seja, nada! Quem te garante que tudo o que te disse não passou de balelas? É tão fácil inventar...
Apareces-te numa tarde de chuva, palavras simpáticas, meia hora depois um convite atrevido... perguntas se seria capaz... claro que seria capaz... mas a verdadeira resposta é... se eu quero, e eu não quero! Resposta dada, poderiamos ter ficado por aqui, mas não, vais aparecendo e contando coisas de ti, admitindo as que não contas ou não queres contar, chamas-me tonta por dizer o meu nome. Desafias-me a perguntar a determinadas pessoas por ti... porque o faria? Acreditarias se te dissesse que não me causas a minima curiosidade? Não o disse, talvez por ser verdade. Tal como não disse que não me importaria de deixar de te ver por aqui. Liquidei-te... mas tu continuas a ter-me por perto. Não me incomoda, não tenho nada contra ti, mas também não tenho nada a favor... nem vontade de continuar a deitar palavras fora... era um estudo? Fico contente por ter ajudado...

# 132

Estarão as nuvens demasiado perfeitas hoje? Já olhaste? Vê lá... agora diz-me... estão? Ou é apenas mais uma ilusão daquilo que vou vendo por aí? Ou que penso que vejo...

quarta-feira, outubro 25, 2006

# 131

Nada melhor do que um serão com chuva torrencial, onde nem sequer podemos meter a cabeça à janela, sobra então tempo para os afazeres domésticos. Enquanto mudava os lençois à cama pensava em alguém e no seu papel de pai, acredito que o saiba fazer na perfeição... mas degustei a imagem, imaginar um filho de roda dele, observar de longe a sua paciência, a cumplicidade que podemos ter com um filho nosso... bem sei que foi apenas imaginação... que nem sequer sei o que é ser mãe... talvez seja presunção imaginar saber o que é ser pai... mas vi uma imagem que me tocou... duas cabeças juntas, uma conversa em tom baixinho enquanto observavam fosse lá o que fosse... às vezes as tempestades trazem furacões para dentro de nós... o que não deixa de ser idiota...

# 130

Gostava de saber o que se sente cá dentro, quando já não se sente nada por ninguém. De repente apercebo-me das faltas que sinto e dos dias que correm tão depressa. Ter medo de confiar apenas porque não nos dão uma parte dessa confiança. Querer que as coisas se passassem de maneira diferente e não ter coragem para iniciar essa mudança. Seguir o curso da maré... apenas nunca baixar os braços para descansar... querer ter direito a um espacinho de margem para poder descansar por breves segundos... o desejo maior é sentir mesmo o calor na pele... e vou andando... sempre para a frente, mesmo não sabendo onde isto vai desaguar...

terça-feira, outubro 24, 2006

# 129

Dias, semanas, meses em que a terra girou, o sol nasceu e subiu e desapareceu, dias de lua cheia, minguante, crescente, ou escondida por nuvens quer fazem adivinhar mau tempo no dia seguinte. Estações trocadas, roupas leves em dias frescos, guarda-chuva em dias de sol. Descobrir novos sitios e esquecer outros por onde andamos em outros dias. Cortar o cabelo, deixá-lo crescer, mudar de brincos e decidir não usar fio. Passear, fotografar, comer à beira mar, dormir junta e contar histórias antes de dormir. Tricotar, e dormir domingos inteiros. Pedalar numa tarde e passar outra deitada numa praia num dia de calor intenso. Usar receitas para cozinhar, e fazer rir numa mesa de café. Dividir... e rir... caminhar e observar.
Para de repente me dar conta que estou parada exactamente no mesmo sitio... 364 dias depois sinto exactamente a mesma coisa... como se tivesse rodado para voltar exactamente ao mesmo sitio... e isso deixa-me de alguma maneira... frustrada...
A pergunta é: - Como estará a minha vida daqui por um ano? (desejar mudanças)

segunda-feira, outubro 23, 2006

# 128

Por momentos pensou que se estava a mostrar demasiado fácil... enquanto enchia a mochila para levar, enquanto procurava os sapatos que se esconderam debaixo da cama ainda desfeita... não lhe apetecia dormir ali sózinha. Mas depois pensou que não poderia pensar assim, até porque ia estar com alguém que já lhe conhecia o cheiro... e depois... apenas ia partilhar uma noite, era de companhia que ia à procura, foi companhia que lhe pediram...
Desejou-o assim que entrou... e gostou do abraço, do beijo, gostou do toque e do encostar, gostou do roçar e do desejo, gostou da tesão e da procura. Era bom dormir naqueles braços, era bom o peso em cima de si, era bom o abraço para dormir e o beijo na nuca, era bom a barba a roçar os ombros, era bom a pele quente junto à sua, era bom os pés misturados, era bom o desejo acordado e era bom ouvir dizer que sabia bem a sua pele húmida... era bom escrever sobre isso... era bom guardar o momento... porque um dia teria de escrever sobre isso... porque era bom...

domingo, outubro 22, 2006

# 127

E o fim de semana? Foi muito bom... soube-me muito bem...

sexta-feira, outubro 20, 2006

# 126

Sempre desejei perder a minha virgindade com uma pessoa virgem também, não falo de astrologia... diga-se. Consegui! Esperei demasiado tempo, ou então o tempo necessário... o que interessa é que esperei o que esperei , mas sem esperar realizei o meu desejo. Ou sem acreditar...
Não deixo de me espantar com determinadas coisas. Ou com iniciações em idades consideradas para mim demasiado tenras, ou então pelo tardar das mesmas, alguns porque não surgiram oportunidades, outros porque assim o quizeram.
-Achas-me estranho?
-Não! Acho-te diferente... na verdade até acho que te admiro...

quinta-feira, outubro 19, 2006

# 125

Saber gerir certas e determinadas situações. Entrar em desenvolvimentos nada seguros da minha vontade. Ter a certeza das diferenças que me separam do resto das pessoas. Afundar ainda mais o caminho que não me leva a lado nenhum. Pintar de preto um futuro que quero inventar à força. E provocar a cada frase escrita, mesmo sabendo que não quer nada disso. Como se assim pudesse de alguma maneira assustar e afastar, sem necessáriamente ter que ser eu a tomar o primeiro passo da distância. Demoras... rio sem saber o que se passa nessa cabeça a cada frase lida. Deixar andar...

quarta-feira, outubro 18, 2006

# 124

Fazer de conta... a melhor de todas as artes... mas não a mais segura!

terça-feira, outubro 17, 2006

# 123

Existem noites em que me custa deitar e sentir-me sózinha, de repente aquela cama torna-se imensamente grande, deito-me do avesso, espalho as pernas e os braços de maneira a que quase possa abraçar todo o espaço, esperando que assim o faça encolher. Mas depois o sono não vem, imagino-me a perguntar 'estás a dormir?', existem noites em que as horas esticam e o sono não vem. Como se estivessemos a receber uma qualquer espécie de castigo.
E são nestes momentos em que tudo está em silêncio que me ponho a pensar em como as coisas correm. Como foi fácil para ti mudar tudo, quase que consigo sentir o teu alivio... depois pergunto-me porque te deixas-te estar tanto tempo se não tinhas vontade de o fazer.
Cobarde! Cobarde! Cobarde!

segunda-feira, outubro 16, 2006

# 122

Com este tempo cinza chegou a melancolia, dias de chuva que nos roubam o sol e a boa disposição, de repente o nevoeiro tolda-nos a vista e damos por nós a relembrar o passado que está aqui ainda tão à beirinha da superficie. Mais do que um queixume, é quase como se de um vicio se tratasse. As perguntas alinham-se... sempre as mesmas, como se assim pudessemos esperar uma qualquer resposta, não a que é... a que queremos ouvir. Procuramos sempre aquilo que nos agrada não é? Dizemos que não, que já passou. Quando queriamos gritar até ficarmos afónicos que sim e que talvez nunca vá passar. Sobram-nos os dias que aprendemos a contar. O desejo que aconteca algo de novo, que nos dê alento, que nos faça querermos começar de novo alguma coisa. Tudo o resto é monotonia, todos os afazeres maquinais. Resta-nos então esperar... apenas esperar...

sexta-feira, outubro 13, 2006

# 121

Não consigo...desculpa mas não consigo. Olho para ti e não sinto nada a bater mais forte cá dentro... tenho medo, aquele medo de achar que te posso vir a magoar. Aquela certeza que podes sentir-te enganado, mesmo eu sabendo que nunca disse que te amava.
Não sei o que fazer, juro que não sei.

quinta-feira, outubro 12, 2006

# 120

-Tens a certeza que me aceitas assim tal como eu sou?
-Sim...
-Que não vais tentar mudar em nada aquilo que penso, que não me vais impingir ideias tuas ou tentar puxar-me para as coisas em que tu acreditas?
-...
-Bem me parecia... é bom que saibas que existem coisas que nunca vão mudar em mim, existem coisas que não aceito, existem coisas pelas quais lutaria com unhas e dentes... mesmo assim... continuas a querer-me?

quarta-feira, outubro 11, 2006

# 119

O que eu mais precisava agora é ficar sem ninguém, limpar de mim todas as gentes... ficar vazia por dentro e por fora por uns tempos.
... mas como? Se tenho um medo gigante de ficar sózinha?

# 118

Posso não o querer admitir a ninguém... mas na verdade me confesso... penso constantemente no que se passará desse lado, por onde andarás e com quem... o que pensas ou o que fazes... tenho saudades... apesar de não fazer chegar a ti essa mensagem... gostava que a adivinhasses... apenas isso...

terça-feira, outubro 10, 2006

# 117

Existem certas coisas que não te percebo... depois de tanta insistência, esta maneira de ficares em silêncio depois de um par de horas... que gosto te deixo eu na boca? Porque esperas demasiado tempo antes de voltares a mim? Será uma espécie de jogo? Não me parece justo que não seja avisada das regras... tenho um peão para mover também... direita, esquerda, frente ou trás? Deverias deixar a cabeceira da cama virada para o nascer do sol...

segunda-feira, outubro 09, 2006

# 116

Foi preciso deixar passar este tempo todo, para que te dê razão nas palavras que proferiste... agora percebo e sou obrigada a aceitar o significado da frase 'Eu não presto!'... afinal é mesmo verdade... não prestas...

sexta-feira, outubro 06, 2006

# 115

Rasguei as palavras
rasguei o sentir
rasguei o peito e o olhar
rasguei a dor
rasguei o desespero no peito
para o deixar sair.
Eu sei que nunca vou procurar-te
nem saber onde andas.
Mas também sei que ainda te tenho muito dentro do meu peito...
... rasgo-me de ti...

quinta-feira, outubro 05, 2006

# 114

É interessante vermos como se comportam as pessoas à nossa volta, por vezes pergunto-me o que se passará dentro daquelas cabeçinhas para tão incoerentes actos. Sim eu imagino que existam alturas em que se perguntam o mesmo em relação à minha pessoa... mas eu posso e tenho o feito interessante de me aproximar apenas daquelas pessoas mais dificeis. Deve ser um iman, qualquer coisa que me puxa para quem nunca vou compreender. Mas enfim...apesar de ser complicada também, tenho ainda a boa sorte de me deixar sempre ficar quieta no meu canto, que me deixem em paz é então o que eu espero. Estou cansada de ser cutucada... quando não existe intenção de me mostrarem nenhum outro lugar... fónix! Que sina a minha...

quarta-feira, outubro 04, 2006

# 113

É que nem me passa pela cabeça desistir... depois de ver o olhar 'dela' enquanto dizia que sabia que nunca ia ter filhos... chamei-lhe parva, doida, estúpida e abanei-a... estas frases não se dizem assim...ainda por cima sentidas. Ela é nova tem uma vida pela frente, ainda não chegou o momento certo, apenas isso.
Depois enchi o peito de ar e disse que eu quero e vou ter os meus, que não me passa sequer pela cabeça em abrir mão desse sonho ou desejo ou o que lhe quizerem chamar. Para mim é um objectivo, nasci para ser mãe, é uma vontade, uma meta, um desejo daqueles maiores que qualquer coisa... claro que também sei que não posso nem quero ser mãe sózinha, mas isso não quer dizer que baixei os braços, apenas espero a minha vez que já estou na fila faz tempo...
...e depois? Será mesmo uma idiotice?

terça-feira, outubro 03, 2006

# 112

Se há coisa para a qual não tenho paciência é para pessoas bebidas. Quer dizer... não tenho paciência quando percebo que estão a utilizar esse método para esquecer algo ou ultrapassar certos problemas pessoais. Como tenho a certeza que não é por beber que se resolvem as coisas, que não é por beber que as coisas mudam de figura... então... porque teria eu de ter paciência para aturar pessoas alcoolizadas?
Depois deste discurso todo talvez então não faça grande sentido eu dizer que quando cheguei ao pé dela e percebi o seu estado alcoolizado, a minha primeira vontade era virar costas e não estar ali nem mais um segundo. Mas depois das primeiras frases... deixei-me ficar mais um pouco, ouvi, pedi para sair dali comigo... trouxe-a comigo para casa, dei-lhe um café, e ouvi-a... ouvi-a...ouvi-a... porque percebi que ela precisava de falar, porque percebi que as palavras vinham tipo onda gigante , porque ela é minha amiga e eu gosto muito dela, e falou, falou, falou... repetiu-se durante a madrugada. Não dormi... fiquei ali a olhar para ela e a ouvir a torrente de palavras que saiam de dentro dela... chorou, riu, e falou... palavras algumas sem sentido...outras de mágoa... as palavras que sei que mais ninguém quer ouvir... abraçei-a no fim...quando chegou o silêncio... chorei eu porque sei que nada posso fazer para a ajudar sem que seja o ouvir... foi embora de manhã porque precisava de ir trabalhar... abraçou-me antes de sair e disse um obrigado com os olhos cheios de lágrimas... fiquei a ouvir o som dos saltos dos sapatos no chão... fiquei a pensar que ela estava perdida e que por muito que eu quizesse não conseguia entrar no mundo dela... fiquei a pensar que o destino por vezes é demasiado injusto, castiga sem sabermos porquê... fiquei a pensar nas vezes em que foi ela a ajudar os outros, em que ela viveu os problemas dos outros, fiquei a pensar porque desta vez, se era ela a precisar, porque é que esses que ela ajudou não a ajudavam agora?